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O Velocipastor (2017)

texto originalmente postado em 365 filmes de horror 


O Velocipastor (2017)


Pra comeƧar, ‘O Velocipastor’ Ć© um filme de terror? Ɖ sobre possessĆ£o dinossĆ”urica, entĆ£o, sim. Isso esclarecido, podemos comeƧar. A premissa Ć© bastante simples, um padre que ganha o poder de se transformar em um velociraptor e comeƧa a combater o crime (e, eventualmente, ninjas). Os segundos iniciais jĆ” deixam bem claro a que o filme veio: fazer uma obra-prima sangrenta com recursos bem limitados. 

A primeira aparição do velocipastor Ć© um daqueles momentos que vai passar no filme da minha vida no meu leito de morte. Eu juro, dĆ” pra ver a emoção nos olhinhos daquele monstrengo de baixĆ­ssimo orƧamento. E o desenrolar nĆ£o fica pra trĆ”s, temos tudo que um grande filme precisa pra nos prender a cada segundo: romance, um vilĆ£o inesperado, histórias complexas dos personagens secundĆ”rios, um (respirem fundo) EXORCISMO, braƧos e cabeƧas arrancados, sangue espirrando, pele pendurada, gente explodindo e nenhum medo de mostrar tudo e nĆ£o esconder nada… basicamente, aquilo que nos tira pelo menos um sorrisinho de satisfação. Particularmente, gosto muito da citação de que dinossauros nunca existiram, a cena toda Ć© magistralmente construĆ­da pra nos tirar uma gaitada seguida de uma reflexĆ£o, e a cena da transformação com certeza Ć© um daqueles momentos de ouro do cinema. 

Apesar de ser de poucos anos atrĆ”s, tem aquele clima de filme dos anos 80 que passava na sessĆ£o da tarde nos anos 90 (tempos loucos e sem muito filtro), aquela combinação perfeita pra um balde de pipoca e muito refri. O gore vem na medida certa pra causar aquela soltadinha em um punhado de pipoca mas nĆ£o o abandono completo da vasilha. Pro meu gosto pessoal, alguns jump scares viriam a calhar, mas nada que prejudique a experiĆŖncia incrĆ­vel que Ć© ver um dinossauro saindo no soco com ninjas. 

Como poderia ser um filme melhor? Talvez se o velocipastor cavalgasse um tubarão no espaço, mas espero ter a chance dessa pauta em outro momento. Deixo aqui minhas sangrentas despedidas e um grande e surpreso agradecimento pelo convite.